CONHECENDO O COELHO
Os biólogos costumam rotular o coelho como “animal presa”.
Na ordem da natureza o coelho e outros animais de pequeno porte, são necessários para a alimentação de mamíferos maiores e outros animais.
Todos os animais presa, devem se reproduzir muito para suprir a alimentação dos seus predadores sem serem extintos, e também devem possuir um mecanismo de defesa eficiente para não sucumbir, o que no caso dos coelhos é a fuga.
Estas duas características, aliadas aos instintos comuns a todos os animais, costumam trazer problemas no convívio com as pessoas, se não são devidamente equacionadas.
1
– REPRODUÇÃO
A
maioria das pessoas que escolhem o coelho como bichinho de estimação, quer logo
“um casal”, é lógico, tem alguma coisinha mais fofa que um filhote de coelho?
Porém,
casal de coelho não é casal de passarinho...
Uma
fêmea pode ficar prenha na semana seguinte ao parto. Em casos excepcionais,
como foi a segunda prenhez da minha Branquinha, pode ficar prenha antes mesmo
do parto. O número de filhotes por ninhada pode variar entre 8 a 12 láparos (nome que se dá
ao filhote assim que nasce) por ninhada. Excetua-se a primeira ninhada que
normalmente é bem menor, entre 2
a 4 láparos.
Um casal de coelhos convivendo
o tempo todo junto, vai render uma coelhada difícil de controlar, e depois,
fazer o que com tanto coelho?
São lindos, sim, dá
vontade de ficar com todos, mas como cuidar? Cadê tempo para alimentar tantas
bocas famintas, e limpar tanto esterco? Cadê espaço para acomodar tanto
orelhudo?
2- MECANISMO DE DEFESA
O
coelho não sabe se defender dos outros animais, briga só entre eles, a única
defesa é a fuga.
Por
isso eles são tão assustados, qualquer barulhinho, qualquer movimento de
pessoas ou animais por perto os faz sair em disparada.
Daí
que as vezes seja incompreendido. Em primeiro lugar o fato de responder às
tentativas de carinho se afastando, e não só de estranhos, até do dono ou
pessoas com as quais convive.
Por
conta de não cair facilmente nas garras dos predadores, a natureza dotou o
coelho de uma sensibilidade extrema ao toque. É só encostar a ponta do dedinho
no corpo deles para que se saiam correndo. Mas não quer dizer que não gostem de
carinho, gostam e muito.
Para
reverter essa atitude e torná-los dóceis, é preciso paciência para estar
alisando eles várias vezes ao dia desde pequenos, mesmo eles fugindo. Aos
poucos vão se acostumando. Um coelho de estimação pode ficar muito dócil e até
procurar o carinho do dono já de adulto. Quanto mais cedo se comece a dar
carinho, mais rápido vão ficar confiantes. Eu costumo começar os carinhos
quando ainda estão no ninho passando a ponta do meu dedo pelas costas dos
láparos, assim vão se acostumando ao toque.
Atualizado
em 14 de março de 2012